terça-feira, 17 de junho de 2008

Atividade 01

Uma nova aprendizagem

Uma nova aprendizagem

A cada dia nos deparamos com novidades ao nosso redor, seja uma nova tecnologia, seja um novo comportamento, uma nova “tribo”, enfim mudanças. Parece que tudo muda, menos nós e nossa prática em sala de aula. Há sempre o medo do novo.

Talvez, não mudamos, não por uma questão de comodismo simplesmente, mas porque assim nos foi ensinado. Não mudamos, por medo do novo. Porque afinal, o novo é estranho e o estranho pode ser perigoso. Então, é melhor ficar com que é confiável, com a prática habitual.

Transpondo esta questão para a educação temos: Para que vou mudar minha prática em sala de aula se é ela que eu conheço, que eu confio? Porque me arriscar no novo e desconhecido? Por que mudar se assim está dando certo? Por que me sujeitar a ser ridicularizado por meus alunos diante de algo que não conheço?

Aí que está. O medo do ridículo. Como nós enquanto educadores podemos saber menos que nosso aluno? É necessário pararmos para repensarmos nossa prática. Será que realmente nosso aluno não pode saber mais do que nós em determinada área? Será que temos que ter a última palavra? Estamos falando de informática, um tema que eles sabem muito mais.

Cada vez mais cedo, nossos jovens, ou melhor, nossas crianças estão inseridas neste mundo. Criança adora novidade e está sempre aberta a aprender coisas novas que lhes interessam. E qual a criança que não fica com os olhos brilhantes diante das infinitas possibilidades de um computador? Ela não tem medo de testá-lo, não tem medo do ridículo.

Acredito que enquanto educadores, só poderemos vencer esse medo enfrentando-o. Como? Aprendendo. Pedindo que nossos alunos nos ensinem o que sabem. Dando a devida importância ao conhecimento que eles possuem. Só assim estabeleceremos a confiança necessária para que a aprendizagem seja mútua.

Se estabelecemos uma ligação de cumplicidade e confiança a aprendizagem se dará de forma natural, espontânea, sem a cobrança imposta pela autoridade do professor, que se transforma em “professor aprendente”, enquanto seu aluno vira o “aluno ensinante”. Esta sim é uma nova forma de aprendizagem.


Texto escrito a partir do texto de José Manuel Moran “Caminhos para a aprendizagem inovadora”, em www.eca.usp.br/prof/moran/